domingo, 29 de março de 2009

Eurico, o presbítero

Este é um romance que abrange a luta que existia entre godos e árabes, na Península Ibérica, no século VIII.
Eurico, um “cavaleiro andante e herói nacional”, acaba por entrar para um convento após a impossibilidade de ficar com a sua amada, Hermengarda.
Acabo por sair do convento, disfarçado de cavaleiro negro, para poder expulsar os árabes e recuperar a sua amada feita prisioneira. Ao liberta-la acaba por se revelar a ela, no entanto, por estar envolvida com a igreja vê-se mais uma vez impedido de realizar o seu amor.
Hermengarda acaba por enlouquecer, e Eurico acaba por travar uma luta suicida contra uma tropa de inimigos.
Nesta obra, encontra-se expresso na caracterização de Eurico como um cavaleiro andante e herói nacional, a valorização que os românticos dão às origens da pátria.

Alexandre Herculano

“Alexandre Herculano de Carvalho e Araújo” terá nascido em 1810 e falecido em 1877.
Era um homem que apresentava um cariz critico e participava nas lutas políticas suas contemporâneas.
Destacou-se principalmente como historiador, tendo escrito “História de Portugal” e “Origem e estabelecimento da Inquisição em Portugal”
Das suas obras pode-se ainda referir “O Bobo”, “Monasticon”, “Eurico, o presbítero” e ainda “O Monde de Cister”.
Casa-se aos cinquenta anos acabando por afastar-se da sua cidade natal e da sua vida literário tendo optado por instalar-se na sua quinta no interior de Portugal.

Menina e Moça

Menina e Moça, antes afamada como “Saudade ” constitui na literatura portuguesa um fundo sentimental recuperado, não só, por escritores mas também por movimentos (romântico e saudosista).
Esta novela sentimental que abrange a temática amorosa e cavaleiresca, tem um fundo puro e autobiográfico.
Encontra-se, expresso numa voz feminina, nesta obra uma leve análise psicológica da precursão da tradição “”galego-portuguesa” das cantigas de amigo e precursora do romance psicológico moderno.
No sentimento de determinismo e isolamento, surge numa linguagem ritmada e lírica um amor trágico.

Bernardim Ribeiro

Bernardim Ribeiro, escritor português, cuja vida não se sabe ao certo. No entanto pensa-se ser natural de Vila do Torrão e ter morrido em 1545. A sua biografia é toda baseada nas suas obras as quais apresentam um cariz autobiográfico por parte do autor.
Considera-se ter frequentado a corte, uma vez que foram encontrados registos da sua colaboração no Cancioneiro Geral de 1516 e também porque foram encontradas referencias suas nas obras de Garcia de Resende e Sá de Miranda. Referindo-se a ele como sendo o escritor que introduziu o bucolismo em Portugal.
A sua mais ilustre obra, “Menina e Moça”, terá sido um dos factores que levou ao seu afastamento forçado da corte e provavelmente também de Portugal, uma vez que sendo uma obra que falava de judeus, atingiu muitas colectividades de judeus no estrangeiro.
Tem ainda, na sua colecção doze poesias escritas, as quais estão incluídas no Cancioneiro Geral, sendo elas: “Menina e Moça”, “Ontem pôs-se o sol e a noute” e o romance “ao longo de ua Ribeira”, entre outras composições.