domingo, 21 de dezembro de 2008

Memória ao Conservatório Real

Frei Luís de Sousa é toda uma história caracterizada pela simplicidade de uma história trágica antiga. A tragédia desta história reconhece-se pela representação severa, apaixonada, enérgica, natural e todo o espírito cristianismo seu característico.
Almeida Garrett reconhece nesta história todos os aspectos da tragédia clássica quanto às suas características. No entanto Garrett optou por escrever em prosa em vez do típico verso trágico. Tudo se deve ao facto de Garrett não ter encontrado outra forma de expressar Frei Luís de Sousa a não ser através do ritmo característico da elegante prosa portuguesa.

Discurso

Discurso do Presidente da República na 34ª Sessão Comemorativa do 25 de AbrilAssembleia da República, 25 de Abril de 2008


É de realçar neste discurso a utilização de muitas virgulas e muitos parágrafos. Uma boa pontuação e uma linguagem simples e natural faz com que o discurso não se torne maçador, nem confuso. A apóstrofe no inicio do discurso diz-nos a que auditório se está a dirigir o presidente da república.
De notar também, é a utilização da enumeração e do assindeto neste discurso, que faz com que o discurso seja mais ritmado e chame assim à atenção de todo o auditório.




http://www.presidencia.pt/?idc=22&idi=15539

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

V Império segundo padre António Vieira

O V Império, um sonho imaginado e criado por Padre António Vieira segundo profecias bíblicas.
Este Império Católico, onde reinava a paz de Cristo, deveria ser erguido à semelhança da igreja, de forma natural e, em que Portugal, comandado por D. João IV, seria o guia e o exemplo do nascimento de um Império de harmonia, paz espiritual, moralidade. Não um Império de conquistas matérias, territoriais, como os quatro anteriores. Este seria o Império que os outros quatro (Império Grego, Império Romano, Império Cristão, Império Inglês) não foram. Um império verdadeiramente mundial e Universal.
Vieira acreditava plenamente que Portugal seria a única nação capaz de suportar toda a força espiritual necessária para a formação deste novo império.

domingo, 9 de novembro de 2008

Publicidade com Fernando Pessoa...

Pessoa sabia-o! Sabia que cada continente, cada país, cada etnia, cada população, cada pessoa tem pensamentos e interpretações características. Fernando Pessoa dirigia-se ao povo, aquilo que chamava a sua atenção.
O slogan para a Coca-Cola, “Primeiro estranha-se. Depois entranha-se.” Demonstrou isso mesmo. Uma boa ou má interpretação feita por um grupo de pessoas com os mesmos objectivos e pensamentos teve e pode ter consequências.
Pessoa realmente sabia o que o povo quereria. A campanha foi um sucesso e a Coca-Cola passava assim a entranhar-se completamente na vida do povo luso.
No entanto o sucesso pode perdurar ou simplesmente acabar, mas neste caso o sucesso foi simplesmente proibido. A direcção de Saúde considerou que o slogan demonstrava a própria toxidade do produto e por isso mesmo proibiu a sua venda em Portugal.
Toda a atenção, estudo e dedicação de Pessoa, pelos interesses do povo português, foi posta em causa devido a pontos de vista que se contrariavam completamente.

domingo, 5 de outubro de 2008

“Os nossos olhos são diferentes todos os dias”

Caros colegas, não se trata de uma situação de mutação genética ao nível dos nossos olhos, não, nada disso.
Todos nós temos preocupações constantes e diferentes de dia para dia. Os nossos olhos são tentados a fixarem-se no que se pensa mais importante. O que nos pode acordar num dia, no outro, podemos já não querer saber e desligar completamente.
Comparo o nosso “núcleo cinzento” à moda. Vem e vai, como que uma estrela que vai morrendo no extenso universo ou que simplesmente perdura no infinito. Tudo depende de nós, da nossa capacidade imaginativa e de pensamento. Pode ser um infinito que pode ser encontrado, mas só e apenas se nós o quisermos redescobrir novamente, revê-lo por uma última vez ou simplesmente para o encontrar por uma primeira vez.
Tem tudo ou nada a ver com a nossa disposição, com os nossos sonhos, com os nossos pensamentos, a nossa personalidade, as nossas vivencias, a nossa imaginação… São infinitas as personalidades que aquele pequenino pedaço do nosso corpo pode ver, pode observar com um olhar repentino e pormenorizado.
É um emaranhado que olhares que se cruzam, e que nos fazem pensar de forma diferente todos os dias. Os dias em que temos algo a acrescentar aquele olhar, aquele sorriso, aquela tristeza que nos apanha como por magia num turbilhão de imagens pensadas com os olhos.
Estamos e sentimo-nos preparados para tudo? Será mesmo que nos sentimos?
Pergunto-vos como será que se preparam para os testes, para as provas, para os exames, para tudo aquilo que numa vida vos é importante no futuro. Por mais que estudem, por mais que se dediquem aquela disciplina, não será que na altura, no ponto de partida não sentem aquele bichinho de pensamentos que vos leva a duvidar de vocês próprios?
Provavelmente a resposta não tem resposta. Simplesmente somos apanhados de surpresa pela imagem que nos é exposta e reproduzida na cabeça. Podemos estar preocupados com aquilo que vamos fazer, mas no fim, tudo passa, tudo em nós dá uma volta de 360’graus, até que os nosso olhar desperta-nos para algo completamente novo, diferente, renascido ou simplesmente nos apontam para as mesmas experiências, para as mesmas imagens.
Vivemos num ciclo de olhares que nunca tem fim, que muda constantemente, que simplesmente nos ajuda a perceber quem somos, nos ajuda a olhar o Mundo da forma como nós próprios imaginamos e não da forma que nos mandam. Somos racionais na forma com o fazemos, da forma como o vemos e imaginamos. É algo quem vem de nós, da nossa própria química da vida.

Publicidade com Fernando Pessoa...

“Primeiro estranha-se. Depois entranha-se” - Coca-Cola


"L'acqua nera del capitalismo" - àguas do Minho


Por Fernando Pessoa

domingo, 21 de setembro de 2008

Por amor...

Por amor? É algo que só ele pode responder. Apenas me deixava levar por aquelas imagens diárias que apareciam por ali e que faziam pensar se aquele ciclo viçoso alguma vez teria fim.
O que levava aquele homem a fazer aquilo? O que é que o levava a visitar um ser humano que não sabia a razão de ser de ali estar? Que não se movimenta, que não fala, que não nada. Esta ali, deitada, naquela cama de hospital, Tinham roubado a vida a Margarida como alguém que corta uma flor para mera decoração. Filipe passa todos os dias, à mesma hora, pelas mesmas portas, pelos mesmos corredores desde o dia em que esta metade lhe foi roubada.
Ele apenas limita-se a ficar ali, sentado, a olhar para ela. A aconchegá-la, a acarinhá-la, a falar, a rir, a chorar. Ciclos viciosos de sentimentos que representam o brilho de esperança que Filipe leva todos os dias para Margarida.
Este homem ama realmente como o amor ama alguém. Seria muito mais fácil procurar e encontrar um caminho mais fácil, mas não. Ele continua ali, até que, aquele brilhozinho desapareça e ganhe coragem de se despedir, por mais consequências que essa despedida tenha.
Assisti, assisto e continuo a assistir à angústia que este homem guarda quando entra por aquela porta.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Caminhar sobre os segredos...

Caminhar sobre os segredos sussurrados
Na praia
Ó grande sol brilhante e acalmante
Quente e amante
Pastor de prados


Para ti sobe o meu desespero e desalento
O meu caos, paixão entristecida
Pois trazes no teu ventre
A força, o ardor e o sempre
A segurança e o amor de uma vida

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Correspondencia de Fradique Mendes

"Considera antes como foi inscontestávelmente a Imprensa, que, coma sua maneira superficial, lecciona e atabalhoada de tudo afirmar, de tudo julgar, maus enraigou no nosso tempo o funesto habito dos juizos ligeiros"


"Com efeito, se a minha amiga percorrer a Gazeta dos Trubunaes verá que o perfeito polyglota é um instrumento de alta escroquerie"


"- a uma religião que consista apenas n'uma Moral apoiada n'uma Fé - é ter a Religião da sua assencia e do deu objecto, uma sonhadora idéa de sonhador teimoso em sonhos!"

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Liberdades mil...

Chuvoso ou não Ele assim ficou na memória do povo português.
Aqueles 25 ramos preenchidos por 1974 cravos vermelhos, que marcaram o inicio de uma nova constituição.
A “Grândola” ouvia-se nas rádios, era o início da revolução.
Os soldados, guerrilheiros de uma guerra sem fim em terras de África, iniciavam o seu movimento de revolta.(56)
Tudo planeado ao nanometro, não queriam mortes, queriam LIBERDADE. Comandados por Maia, destruíram por todo o Portugal os pilares deste regime de censura e opressão.(81)
O povo apoderava-se das ruas. As rádios, televisões e jornais informavam sem censura. Os soldados, esses esperavam pela rendição junto ao Quartel do Carmo, onde o sucessor de Salazar, Marcelo Caetano, desesperava por ajuda. Estava num beco sem saída.
O povo queria liberdade, invadiram as ruas como se fossem formigas esfomeadas e ajudavam os soldados como podiam, neste movimento de revolta.(142)

A população gritou, desesperou, morreu e esperou por este dia. Conseguiram, tinham conseguido hastear o lenço branco da rendição.(161)

O vermelho dos cravos acentuava-se, os presos políticos eram libertados e alguns voltavam ao seu país materno, a PIDE era extinta, o lápis azul era incinerado….


Recomeçar de novo eram as palavras de ordem! (195)

Nunca devemos esquecer, NUNCA! Estes Homens arriscaram a vida por todos Nós… Será que nós arriscávamos tanto? Será que pensamos no Futuro?

Somos livres porque houve pessoas capazes de pensar em nós….

domingo, 6 de abril de 2008

Ovelhas negras...


Na verdade nós, jovens adolescentes, aos olhos dos antigos somos uns vândalos.

Somos mal vistos na sociedade por causa de ovelhas negras. Ovelhas selvagens, sem escrúpulos transmitem imagens erradas da nossa adolescência. Somos adolescentes inofensivos do século XXI que vivem para sonhar.


Estes selvagens da sociedade juvenil são meros pontos no globo. Estes meros pontos representam o que nós somos actualmente. Somos defrontados por inúmeros casos de criminalidade juvenil nas escolas. Roubos, lutas, passamos por cima de tudo e de todos... Esta forma do plural não corresponde à nossa realidade.


Mesmo assim, será que existem razões válidas para esta realidade??



Sim... existem, precisamos é de as encontrar e resolvê-las correctamente.



E no fim ficarmos com indivíduos todos da mesma raça...



terça-feira, 11 de março de 2008

As ondas e as folhas do poder…


Porque é que os mass media actuam como terramotos na nossa cabeça, destruindo todos os nossos pensamentos?

Hoje em dia o nosso pensamento é comandado por forças que nós não conseguimos controlar. Quer dizer conseguir conseguimos não nos damos conta, mas é que por vezes são elas que nos comandam.
Os mass mediam são como terramotos que lançam ondas que destroem tudo o que aparece à frente. Como o nosso pensamento. Somos levados numa onda de pensamentos feitos, ficamos com a opinião completamente influenciada sem nos darmos conta, seguimos a destruição e não o plano de reconstrução de uma nova forma de pensamento.
As folhas são laçadas ao sabor do vento como papagaios de papel caindo nas nossas mãos. Somos levados a pensar que o destino é que esta a comandar a acção de as agarrar, mas na verdade estamos a ser empurrados pela falsa aragem de pensamentos que cobre as nossas costas.
Somos completamente revestidos por papéis, sons e imagens… é assim que nós somos.

A nossa cultura é hoje nada mais nada menos que o espelho dessas influências impostas por estes que pensam ser os donos da opinião pública…

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Poema: Avô

Chapéu grisalho
Iluminado com o presente
De uma história
Sussurrada à andorinha voadora
Sua protegida pelo carinho abraçado
Num arco de amizade primaveril
Cintado pelo nó do laço mas,
Desfeito pela luz da terra desconhecida.

No batimento fica a chave esquecida,
Lembrada pelo regresso da andorinha
Não à luz desconhecida mas,
Ao passado no presente vivido.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Florbela Espanca


Flor Bela de Alma da Conceição nasce a 8 de Dezembro de 1894 em Vila Viçosa, de um relacionamento entre João Maria Espanca e a sua “criada de servir” Antónia Conceição Lobo. João Maria não viria a reconhecer a paternidade de Florbela após o seu nascimento, no entanto, após a morte da sua mãe Antónia, João e a sua mulher, Maria Espanca, criaram Florbela. João Espanca viria a reconhecer Florbela como sua filha 19 anos após a sua morte, devido à insistência de florbelianos e à inauguração do Busto de Florbela em Évora.
Em 1913 casou-se com Alberto Moutinho, divorciando-se em 1921. Casou pela segunda vez, desta vez com um Oficial de artilharia, António Guimarães. Quatro anos depois casou-se pela terceira vez com o médico Mário Laje.
Escreveu a sua primeira poesia em 1903, com 9 anos de idade, a “Vida e a Morte”. Em 1917 conclui o curso de Letras, inscrevendo-se logo de seguida no curso de Direito em que foi a primeira mulher a frequentar este curso na Universidade de Lisboa.
Sofreu dois abortos espontâneos, um deles em 1919, ano em que pública a obra “Livro de Mágoa” e o outro ocorreu no seu segundo casamento com António Guimarães que provocou o seu segundo divórcio.
Em 1923 pública “Livro de Soror Saudade” e em 1927 morre o seu irmão num acidente de aviação. A morte do seu ante-querido abalou-a profundamente, esta morte foi a sua inspiração para a obra “As Máscaras do Destino”.
Em Lisboa comunicou com outros poetas da época e com um grupo de mulheres que procurava impor a feminilidade na escrita portuguesa. Também em Lisboa colaborou com jornais e revista nos quais se destacou “Portugal Feminino”.

Após 36 anos de uma vida de incertezas, amarguras e desgostos, Florbela decide por fim à sua vida suicidando-se a 8 de Dezembro data do seu aniversário de 1930 em Matosinhos.



Ao lermos poemas de Florbela podemos perceber todo o sofrimento por que ela passou, todas as suas paixões e desgostos porque Florbela escrevia mesmo sobre a sua vida. Fazia declarações de amor através dos seus poemas e até escrever verso onde se percebia o seu desejo profundo em morrer.
Florbela transmitia em versos aquilo que ninguém via ou percebia nos seus comportamentos.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Poesia ……uma luz escondida no outro lado do Mundo


A poesia é um texto que apela à criatividade e à imaginação de quem a escreve e interpreta.
Nem todas as pessoas têm a capacidade de expor os seus sentimentos através de versos poéticos. O facto de não o conseguirem fazer através da poesia não significa que não tenham imaginação ou criatividade, quer dizer sim, que estas pessoas têm menos jeito para se exprimir por palavras entrelaçadas umas nas outras.

Temos que nos virar ao contrário e, encontrar uma maneira de escrever a nossa alma sem que esta pareça demasiado superficial… devemos explorar a nossa imaginação e os nossos sentimentos.

A poesia deve ser o nosso diário. No qual cada pessoa conta os seus sentimentos, opiniões, características… é como uma terapia pessoal.
Cada pessoa pensa o que quiser acerca dos versos escritos, a interpretação vai depender da imaginação e da capacidade que temos em elevar o pensamento até ao outro lado do horizonte.