quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Florbela Espanca


Flor Bela de Alma da Conceição nasce a 8 de Dezembro de 1894 em Vila Viçosa, de um relacionamento entre João Maria Espanca e a sua “criada de servir” Antónia Conceição Lobo. João Maria não viria a reconhecer a paternidade de Florbela após o seu nascimento, no entanto, após a morte da sua mãe Antónia, João e a sua mulher, Maria Espanca, criaram Florbela. João Espanca viria a reconhecer Florbela como sua filha 19 anos após a sua morte, devido à insistência de florbelianos e à inauguração do Busto de Florbela em Évora.
Em 1913 casou-se com Alberto Moutinho, divorciando-se em 1921. Casou pela segunda vez, desta vez com um Oficial de artilharia, António Guimarães. Quatro anos depois casou-se pela terceira vez com o médico Mário Laje.
Escreveu a sua primeira poesia em 1903, com 9 anos de idade, a “Vida e a Morte”. Em 1917 conclui o curso de Letras, inscrevendo-se logo de seguida no curso de Direito em que foi a primeira mulher a frequentar este curso na Universidade de Lisboa.
Sofreu dois abortos espontâneos, um deles em 1919, ano em que pública a obra “Livro de Mágoa” e o outro ocorreu no seu segundo casamento com António Guimarães que provocou o seu segundo divórcio.
Em 1923 pública “Livro de Soror Saudade” e em 1927 morre o seu irmão num acidente de aviação. A morte do seu ante-querido abalou-a profundamente, esta morte foi a sua inspiração para a obra “As Máscaras do Destino”.
Em Lisboa comunicou com outros poetas da época e com um grupo de mulheres que procurava impor a feminilidade na escrita portuguesa. Também em Lisboa colaborou com jornais e revista nos quais se destacou “Portugal Feminino”.

Após 36 anos de uma vida de incertezas, amarguras e desgostos, Florbela decide por fim à sua vida suicidando-se a 8 de Dezembro data do seu aniversário de 1930 em Matosinhos.



Ao lermos poemas de Florbela podemos perceber todo o sofrimento por que ela passou, todas as suas paixões e desgostos porque Florbela escrevia mesmo sobre a sua vida. Fazia declarações de amor através dos seus poemas e até escrever verso onde se percebia o seu desejo profundo em morrer.
Florbela transmitia em versos aquilo que ninguém via ou percebia nos seus comportamentos.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Poesia ……uma luz escondida no outro lado do Mundo


A poesia é um texto que apela à criatividade e à imaginação de quem a escreve e interpreta.
Nem todas as pessoas têm a capacidade de expor os seus sentimentos através de versos poéticos. O facto de não o conseguirem fazer através da poesia não significa que não tenham imaginação ou criatividade, quer dizer sim, que estas pessoas têm menos jeito para se exprimir por palavras entrelaçadas umas nas outras.

Temos que nos virar ao contrário e, encontrar uma maneira de escrever a nossa alma sem que esta pareça demasiado superficial… devemos explorar a nossa imaginação e os nossos sentimentos.

A poesia deve ser o nosso diário. No qual cada pessoa conta os seus sentimentos, opiniões, características… é como uma terapia pessoal.
Cada pessoa pensa o que quiser acerca dos versos escritos, a interpretação vai depender da imaginação e da capacidade que temos em elevar o pensamento até ao outro lado do horizonte.