terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

A Natureza e a sua capacidade de renovação

Na “Natureza nada se cria, tudo se transforma”.
A lei de Lavoisier ou Lei da Conservação das massas, será a lei que explica melhor o que acontece na Natureza e como todos os ecossistemas existentes na Terra coexistem e se relacionam. De acordo com esta Lei a matéria não se cria nem se pode criar. A explicação desta Lei é que tudo o que tem até agora existido no nosso planeta provém de matéria pré-existente que se foi transformando ao longo dos 4600 mil milhões de anos de existência da Terra.
Sendo a Terra um sistema fechado, uma vez que não apresenta trocas de matéria, apenas de energia, mantém a mesma massa e matéria desde a altura em que foi criada (Big Bang). É , assim, por esta razão, que se têm levantado tantas questões acerca da poluição e do consumo excessivo dos recursos Naturais existentes no Planeta Terra.
A sobre-exploração deste Planeta pode pôr fim ao único conhecimento de vida existente no Sistema Solar, ou quem sabe em todo o Universo.
A terra tem sofrido cada vez mais as acções do Homem tornando-se cada vez mais vulnerável e gasta. A verdade é que neste planeta tudo já está formado e ao contrário do que se possa pensar, a matéria que não se cria mas que se transforma, não se transforma ao mesmo ritmo com que é usada e abusada. Nem a sua transformação tem a mesma qualidade quando é repetida vezes e vezes sem conta.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Cesário Verde

"Além de ser uma réplica do realismo irónico queirosiano(...) o realismo lírico de Cesário Verde será o seu esforço de autenticidade anti-retoricista com versos magistrais salubres e sinceros"

A verdade de todas as coisas está na sua forma real, na forma como vimos, olhamos e pensamos. Esconder a verdadeira história provém unicamente, por vezes inocentemente, da forma de imaginar e supor.
Como empirista que era, Cesário, acreditava que o real estava unicamente naquilo que observa, naquilo que lhe passava pelos olhos da forma mais natural possível. Era portanto anti-retoricista!
Nos seus poemas não encontramos enigmas ou quais queres frases ou palavras por decifrar. Em Cesário encontramos apenas versos limpos e sinceros, versos esses que por si só se decifram. Os seus poemas são quadros desenhados por adjectivos e pintados por objectos que nos elevam pura e simplesmente àquilo que ele próprio imaginou e não àquilo que nós estamos a imaginar. É impossível elevarmo-nos para um outro mundo a não ser o dele. É claro e objectivo mesmo com o objectivo de nos transmitir a sua própria realidade, a sua visão. Através das palavras expressas nos seus versos líricos, transmite, a maior das maiores objectividades, a cima de tudo transmite-nos o seu campo de visão e sua própria consciência. Tudo aquilo que naquele momento, ou a dado momento, foi vivido e experimentado por ele próprio é-nos contado por um conjunto de versos aclarados por sentimentos e sonhos.
Assim como Eça, a ironia foi um meio que este pintor de sonhos utilizou para expressar as realidades da sua sociedade actual. Utiliza esta forma, por vezes grotesca, de se expressar, a ironia, como uma forma de descrever todo o ambiente que se vivia e que ele próprio vivia. Esta réplica de ironia de Eça, era nada mais nada menos, que uma técnica que Cesário utilizava para pintar ainda melhor toda a sociedade daquela época, era a técnica que utilizava para pintar a REALIDADE.
Cesário além de poeta, pintava para os outros as suas próprias vivencias!

domingo, 29 de março de 2009

Eurico, o presbítero

Este é um romance que abrange a luta que existia entre godos e árabes, na Península Ibérica, no século VIII.
Eurico, um “cavaleiro andante e herói nacional”, acaba por entrar para um convento após a impossibilidade de ficar com a sua amada, Hermengarda.
Acabo por sair do convento, disfarçado de cavaleiro negro, para poder expulsar os árabes e recuperar a sua amada feita prisioneira. Ao liberta-la acaba por se revelar a ela, no entanto, por estar envolvida com a igreja vê-se mais uma vez impedido de realizar o seu amor.
Hermengarda acaba por enlouquecer, e Eurico acaba por travar uma luta suicida contra uma tropa de inimigos.
Nesta obra, encontra-se expresso na caracterização de Eurico como um cavaleiro andante e herói nacional, a valorização que os românticos dão às origens da pátria.

Alexandre Herculano

“Alexandre Herculano de Carvalho e Araújo” terá nascido em 1810 e falecido em 1877.
Era um homem que apresentava um cariz critico e participava nas lutas políticas suas contemporâneas.
Destacou-se principalmente como historiador, tendo escrito “História de Portugal” e “Origem e estabelecimento da Inquisição em Portugal”
Das suas obras pode-se ainda referir “O Bobo”, “Monasticon”, “Eurico, o presbítero” e ainda “O Monde de Cister”.
Casa-se aos cinquenta anos acabando por afastar-se da sua cidade natal e da sua vida literário tendo optado por instalar-se na sua quinta no interior de Portugal.

Menina e Moça

Menina e Moça, antes afamada como “Saudade ” constitui na literatura portuguesa um fundo sentimental recuperado, não só, por escritores mas também por movimentos (romântico e saudosista).
Esta novela sentimental que abrange a temática amorosa e cavaleiresca, tem um fundo puro e autobiográfico.
Encontra-se, expresso numa voz feminina, nesta obra uma leve análise psicológica da precursão da tradição “”galego-portuguesa” das cantigas de amigo e precursora do romance psicológico moderno.
No sentimento de determinismo e isolamento, surge numa linguagem ritmada e lírica um amor trágico.

Bernardim Ribeiro

Bernardim Ribeiro, escritor português, cuja vida não se sabe ao certo. No entanto pensa-se ser natural de Vila do Torrão e ter morrido em 1545. A sua biografia é toda baseada nas suas obras as quais apresentam um cariz autobiográfico por parte do autor.
Considera-se ter frequentado a corte, uma vez que foram encontrados registos da sua colaboração no Cancioneiro Geral de 1516 e também porque foram encontradas referencias suas nas obras de Garcia de Resende e Sá de Miranda. Referindo-se a ele como sendo o escritor que introduziu o bucolismo em Portugal.
A sua mais ilustre obra, “Menina e Moça”, terá sido um dos factores que levou ao seu afastamento forçado da corte e provavelmente também de Portugal, uma vez que sendo uma obra que falava de judeus, atingiu muitas colectividades de judeus no estrangeiro.
Tem ainda, na sua colecção doze poesias escritas, as quais estão incluídas no Cancioneiro Geral, sendo elas: “Menina e Moça”, “Ontem pôs-se o sol e a noute” e o romance “ao longo de ua Ribeira”, entre outras composições.