domingo, 5 de outubro de 2008

“Os nossos olhos são diferentes todos os dias”

Caros colegas, não se trata de uma situação de mutação genética ao nível dos nossos olhos, não, nada disso.
Todos nós temos preocupações constantes e diferentes de dia para dia. Os nossos olhos são tentados a fixarem-se no que se pensa mais importante. O que nos pode acordar num dia, no outro, podemos já não querer saber e desligar completamente.
Comparo o nosso “núcleo cinzento” à moda. Vem e vai, como que uma estrela que vai morrendo no extenso universo ou que simplesmente perdura no infinito. Tudo depende de nós, da nossa capacidade imaginativa e de pensamento. Pode ser um infinito que pode ser encontrado, mas só e apenas se nós o quisermos redescobrir novamente, revê-lo por uma última vez ou simplesmente para o encontrar por uma primeira vez.
Tem tudo ou nada a ver com a nossa disposição, com os nossos sonhos, com os nossos pensamentos, a nossa personalidade, as nossas vivencias, a nossa imaginação… São infinitas as personalidades que aquele pequenino pedaço do nosso corpo pode ver, pode observar com um olhar repentino e pormenorizado.
É um emaranhado que olhares que se cruzam, e que nos fazem pensar de forma diferente todos os dias. Os dias em que temos algo a acrescentar aquele olhar, aquele sorriso, aquela tristeza que nos apanha como por magia num turbilhão de imagens pensadas com os olhos.
Estamos e sentimo-nos preparados para tudo? Será mesmo que nos sentimos?
Pergunto-vos como será que se preparam para os testes, para as provas, para os exames, para tudo aquilo que numa vida vos é importante no futuro. Por mais que estudem, por mais que se dediquem aquela disciplina, não será que na altura, no ponto de partida não sentem aquele bichinho de pensamentos que vos leva a duvidar de vocês próprios?
Provavelmente a resposta não tem resposta. Simplesmente somos apanhados de surpresa pela imagem que nos é exposta e reproduzida na cabeça. Podemos estar preocupados com aquilo que vamos fazer, mas no fim, tudo passa, tudo em nós dá uma volta de 360’graus, até que os nosso olhar desperta-nos para algo completamente novo, diferente, renascido ou simplesmente nos apontam para as mesmas experiências, para as mesmas imagens.
Vivemos num ciclo de olhares que nunca tem fim, que muda constantemente, que simplesmente nos ajuda a perceber quem somos, nos ajuda a olhar o Mundo da forma como nós próprios imaginamos e não da forma que nos mandam. Somos racionais na forma com o fazemos, da forma como o vemos e imaginamos. É algo quem vem de nós, da nossa própria química da vida.

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“Primeiro estranha-se. Depois entranha-se” - Coca-Cola


"L'acqua nera del capitalismo" - àguas do Minho


Por Fernando Pessoa