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Flor Bela de Alma da Conceição nasce a 8 de Dezembro de 1894 em Vila Viçosa, de um relacionamento entre João Maria Espanca e a sua “criada de servir” Antónia Conceição Lobo. João Maria não viria a reconhecer a paternidade de Florbela após o seu nascimento, no entanto, após a morte da sua mãe Antónia, João e a sua mulher, Maria Espanca, criaram Florbela. João Espanca viria a reconhecer Florbela como sua filha 19 anos após a sua morte, devido à insistência de florbelianos e à inauguração do Busto de Florbela em Évora.
Em 1913 casou-se com Alberto Moutinho, divorciando-se em 1921. Casou pela segunda vez, desta vez com um Oficial de artilharia, António Guimarães. Quatro anos depois casou-se pela terceira vez com o médico Mário Laje.
Escreveu a sua primeira poesia em 1903, com 9 anos de idade, a “Vida e a Morte”. Em 1917 conclui o curso de Letras, inscrevendo-se logo de seguida no curso de Direito em que foi a primeira mulher a frequentar este curso na Universidade de Lisboa.
Sofreu dois abortos espontâneos, um deles em 1919, ano em que pública a obra “Livro de Mágoa” e o outro ocorreu no seu segundo casamento com António Guimarães que provocou o seu segundo divórcio.
Em 1923 pública “Livro de Soror Saudade” e em 1927 morre o seu irmão num acidente de aviação. A morte do seu ante-querido abalou-a profundamente, esta morte foi a sua inspiração para a obra “As Máscaras do Destino”.
Em Lisboa comunicou com outros poetas da época e com um grupo de mulheres que procurava impor a feminilidade na escrita portuguesa. Também em Lisboa colaborou com jornais e revista nos quais se destacou “Portugal Feminino”.
Após 36 anos de uma vida de incertezas, amarguras e desgostos, Florbela decide por fim à sua vida suicidando-se a 8 de Dezembro data do seu aniversário de 1930 em Matosinhos.
Ao lermos poemas de Florbela podemos perceber todo o sofrimento por que ela passou, todas as suas paixões e desgostos porque Florbela escrevia mesmo sobre a sua vida. Fazia declarações de amor através dos seus poemas e até escrever verso onde se percebia o seu desejo profundo em morrer.
Florbela transmitia em versos aquilo que ninguém via ou percebia nos seus comportamentos.